Quando a noite vem só e fria
eu fico a imaginar o infinito
desta minha curta vida
que promete ser distante
a fome por um ser fresco
apodera-se da minha mente
mas a pena de tirar uma vida
instala-se neste meu coração ainda quente
a necessidade choca com a ética
a solidão mórbida submerge
tenho nas minhas mãos
o poder de dar vida eterna
mas sera justo dar vida já morta?
a eternidade é sedutora
mas o poder de sentir amor é vida
E esta vida insanguina que levo é já morte
Muitos são aqueles que me pedem vida
mas que vida posso eu dar se já sou cinza?
O desejo de ter alguém para partilhar o mundo
é grande , forte mas egoísta
Estas noites de cinza fúnebre
que assombram e seduzem olhares curiosos
saseiam meu ser com sede de vida fresca
mas a vitima prefeita ainda não encontrei
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