quarta-feira, 25 de maio de 2011

CONTO DE VAMPIRO



Ouço soar a nênia da noite gélida,
Está vindo da direção do rio
Ou das árvores...
Procuro pela voz melancólica...
E quando chego ao rio,
Toda água havia se tornado sangue.
Escoava pelas pedras um sangue quente...
Havia flores murchas da morte na beira do rio...
No topo da árvore seca
O corvo deu o seu grito anunciando o momento fúnebre,
O ganido dos cães aumenta a cada segundo,
E a nênia continua...
Parece a canção da morte.
Um galho se quebra
E ao virar-me
Vejo capas negras e dezenas de Luzes acesas
A chama esta quase mortiça...
Eu me escondo entre as raízes da arvore,
Eles se aproximam,
Passam perto de mim, mas não percebem minha presença.
Eles levam um rapaz todo amarrado como se fosse um animal
Eu os sigo me agachando entre as flores murchas da morte...
Ao dar meia-noite 
Eles jogaram o rapaz no chão 
E mandaram que se ajoelhasse em rosas espinhosas, 
E derramaram toda a cera das urzes em seu corpo;
Três deles cortaram suas costas com seis facadas cada um
Formando assim, o número da besta.



                            *†*√ΔMPÎŘΔ *†* *†* Đ€√ΔŞŞΔ *†*

Nenhum comentário:

Postar um comentário