quarta-feira, 25 de maio de 2011

FOLHA EM BRANCO



Foi na inocência da busca pela beleza
Que eu encontrei a faca que traria a dor
E não mais o sangue de poeta.
Por minha mão passou, o rio da vida.
Desfilando seu tom forte
E deixando seu aroma quente em meu corpo.

Agora é o dragão que pede a espada
Do homem benevolente que aceitou a anátema;
Na cama sua jovem mulher sofre por sua falta
Que cada vez se torna mais fraca, em seu crepúsculo;
Seu sofrimento é tragado por todos que passam pela neblina
Um corpo já putrefacto que espera pela palingenesia.

Em quatro paredes a aqueles que pedincham a dor.
Sobre a ponte toca-se o último ato de uma ópera intitulada: Vida.
Em seu grande final os corpos caem consumidos pelo sofrimento.
Nas jaulas estão aqueles que acreditavam num equilíbrio entre a razão e a emoção.
Para os que olham para o alto em busca dos olhos negros da sinceridade,
Observam apenas a fuligem que é tudo que resta dos esperançados.

Eu tinha uma faca e uma folha em branco
O que você faria?

Foi na inocência da busca pela beleza
Que eu encontrei a faca que traria a dor
E não mais o sangue de poeta
Por minha mão passou, o rio da vida.
Desfilando seu tom forte
E deixando seu aroma quente em meu corpo.
                                  *†*√ΔMPÎŘΔ *†* *†* Đ€√ΔŞŞΔ *†*

Um comentário:

  1. E muito linda, adoro seu trabalho! A forma na qual você trata a vid e a morte é tao especial que me perco em as tuas palavras.

    ResponderExcluir